domingo, 24 de março de 2013

"Noite passada eu estava com Lise em um país estrangeiro. Estávamos em um quarto escuro, que tinha centenas de camas e um corpo em cada cama. Andávamos devagar, batíamos com os joelhos nas camas. Eu te vi deitada em uma cama... e me deitei ao seu lado. Você me olhou surpresa... mas quando viu Lise em pé, olhando pra nós... você ficou muito doce comigo. Seu seio cresceu em minha mão. Os lábios do seu ventre aspiraram meu motor. Nossos rostos quase se tocaram... Só víamos os olhos um do outro. Seus lábios se aproximaram do meu ouvido e sussuraram... "Se você ver uma pequena lua amarela nos meus olhos... é porque vou gozar." Olhei fixamente em seus olhos. E em pouco tempo, eu vi duas pequenas luas amarelas... e acordei." Sangue Ruím, Leos Carax

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Trajeto Viagem Argentina, Chile e uruguai

7500km, pelas estradas entre a Argentina, Chile e Uruguai, e mais 3800km pelo Brasil, num total de 15 cidades, 41 dias por paisagens de tirar o fôlego, pessoas novas, transeunte, diferentes culturas pelo caminho e algumas coisas esquecidas pelo também...


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sexta-feira, 23 de março de 2012

Procure por mim quando eu estiver perdido

Um sussurro

Ouço o tique-taque dos relógios
Que me lembra você e me lembra você quando partiu
Ouço o tique-taque dos relógios
Volte e procure por mim, procure por mim quando eu estiver perdido

Só um sussurro, um sussurro, um sussurro, um sussurro

A noite vira dia e ainda tenho essas questões
Pontes se quebrarão deveria ir para frente ou para trás?
A noite vira dia e eu ainda não tenho as respostas

Só um sussurro, um sussurro, um sussurro, um sussurro

Agora eu ouço o tique-taque dos relógios
Que me lembram seu rosto e me lembram você quando partiu
Ouço o tique-taque dos relógios
Volte e procure por mim, procure por mim quando eu estiver perdido

Só um sussurro, um sussurro, um sussurro, um sussurro

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pablo Neruda, versando sobre bicicleta

Eis aqui uma das mais belas poesias do grande poeta chileno Pablo Neruda, e não podia ser de outra coisa que não a nossa amada bicicleta. O poeta sabia como ninguém escolher as palavras. Aproveitem este momento.

Oda a la bicicleta (Pablo Neruda, 1956)

Iba
por el camino
crepitante:
el sol se desgranaba
como maíz ardiendo
y era
la tierra
calurosa
un infinito círculo
con cielo arriba
azul, deshabitado.

Pasaron
junto a mí
las bicicletas,
los únicos
insectos
de aquel
minuto seco del verano,
sigilosas,
veloces,
transparentes:
me parecieron
sólo movimientos del aire.

Obreros y muchachas
a las fábricas
iban
entregando
los ojos
al verano,
las cabezas al cielo,
sentados
en los
élitros
de las vertiginosas
bicicletas
que silbaban
cruzando
puentes, rosales, zarza
y mediodía

Pensé en la tarde cuando los muchachos
se laven,
canten, coman, levanten
una copa
de vino
en honor
del amor
y de la vida,
y a la puerta
esperando
la bicicleta
inmóvil
porque
sólo
de movimiento fue su alma
y allí caída
no es
insecto transparente
que recorre
el verano,
sino
esqueleto
frío
que sólo
recupera
un cuerpo errante
con la urgencia
y la luz,
es decir,
con
la
resurrección
de cada día.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Roland Barthes

"
No fundo, o que encaro na foto que tiram de mim ( a "intenção"
segundo a qual eu a olho) é a Morte: a Morte é o eidos dessa Foto.
Assim, estranhamente, a única coisa que suporto, de que gosto,
que me é familiar, quando me fotografam, é o ruído da máquina.
Para mim o orgão do fotógrafo não é o olho (ele me terrifica),
é o dedo: o que está ligado ao disparador da objetiva,
ao deslizar metálico das placas (quando a máquina ainda as tem).
Gosto desses ruídos mecânicos de uma maneira quase voluptuosa,
como se, da fotografia, eles fossem exatamente isso - e apenas isso -
a que meu desejo se atém, quebrando com seu breve estalo
a camada mortífera da Pose.
Para mim, o barulho do Tempo não é triste: gosto dos sinos,
dos relógios - ...
"
Roland Barthes

amanhecer azulado

"Trecho tirado da autobiografia de um músico de jazz:

Uma noite, depois do último número, um sujeito baixinho apareceu no meio da fumaça do Biltmore Ballrrom. Era um homem baixo e meio acabado, trazia uma caixa surrada e dentro dela um trompete surrado. Perguntou a Doe se podia sentar conosco e tocar junto, e Doe disse que tudo bem. Era assim naqueles lugares, nesses tempos inesquecíveis e muito acelerados de jazz cru e animado. Daí o sujeito tirou o trompete surrado da caixa e, por duas horas, tocou labirintos milagrosos de harmonia. que teriam feito os anjos chorar de emoção. Depois guardou o trompete surrado na caixa surrada e saiu no amanhecer azulado de Chicago. O nome dele era Bertolt Brecht."

"Jack Kerouk, Viajante Solitário".

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Hora do rush numa ciclovia na Holanda...



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